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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Eu, fotografia.


Ele me olhava... eu dormia
Ele me observava como quem vê fotografia
E quando ele sorria, o brilho clareava a imagem que era minha
E quando em mim chovia
Eram suas lágrimas que corriam
E quando na fotografia à beira de um lindo lago eu me escondia
Parava para pensar
Pensava em não parar
E ele continuava com seus olhos de lago negro
Quando o vento soprava
Era um sussurro, seu segredo
O tempo fazia atalhos, eu voava
Ele deslizava suavemente as mãos entre os cabelos
Parecia bem, parecia cedo...
Mas foi tarde... eu, fotografia
Mal percebia a realidade que havia
Virei página esculpida
Que conta a história de um amor herdeiro
Dos sonhos de uma vida.