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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

De papel, sonhos e vento


Corria a vida como não iria correr a água ali parada.
Lembrança de doces manhãs em que o calor do sol fervia sobre nossas cabeças,
Mas quem se importava?
Éramos felizes.
Ia-se o barquinho de papel sobre o espelho d'água.
Despedia-se de vaidade e lembranças,
Mas quem se importava?
Éramos doces.
Havia um cheiro que era bom
Era de paz, era de sonhos.
E o tempo passava manso como as nuvens do céu,
Mas quem se importava?
Era fim de ano.
Sentados à beira do lago... respirando fundo, sentindo o vento,
Mas quem se importava?
Os barquinhos de papel seguiam seu rumo.
Hoje, no fundo do lago, talvez habitem guardando nossas memórias,
Mas quem se importa?
Mergulhe e traga-os de volta.